Ingrid Baquit

Era uma vez…

Posted on junho 24, 2007. Filed under: Ingrid Baquit, Literatura |

Que menina nunca sonhou em ser uma princesa e encontrar seu príncipe encantado? E que menino nunca se imaginou combatendo o mal? Pois é, quem diria que essas histórias que nos emocionaram por tanto tempo, não foram criadas para crianças? Os contos de fadas foram criados para entrerter os adultos. Nos contos originais, Chapeuzinho vermelho fazia striptease para o lobo, e a Bela Adormecida era abandonada pelo príncipe, que a deixava grávida.

De origem celta, essas variação de conto popular ou fábula, apresenta uma narrativa curta, transmitida oralmente na maior parte das vezes, onde o herói (heroína) enfrenta obstáculos para depois triunfar contra o mal. Envolve algum tipo de magia, metamorfose ou encantamento. Apesar do nome, animais falantes são mais comuns que as própria fadas. Estas, são entidades fantásticas no folclore europeu ocidental. Mulheres imortais, dotadas de grande beleza, de poderes sobrenaturais e das capacidade de interferir na vida dos mortais.

As primeiras referências aos contos de fadas estão na Idade Média, nas histórias do “Rei Artur” – Morgana e Viviane. As mulheres possuiam um status social elevado na cultura celta e as fadas eram ligadas ao amor, podendo ser amadas ou mediadoras do amor. Com a cristianização do mundo, as lendas célticas perderam sua dimensão sobrenatural e sua capacidade de serem amadas.

A partir do séc XVI, os contos de fadas começaram a serem reunidos em coletâneas. Nessa época surgiu a famosa obra “sonhos de uma noite de verão”. Nos fins do séc XVII, a decadência do Racionalismo Clássico originou uma literatura “extra-oficial”, que exaltava a fantasia e marcou o fim da produção desses contos para o público adulto. As versões infantis teriam surgido quase que por acaso na França, no séc XVIII, por Charles Perrault, famoso por O gato de botas, O pequeno polegar. Nos países de língua inglesa, só no séc XIX, com os vendedores ambulantes, que vendiam em diversos povoados histórias simplificadas dos contos de fadas e do folclore, que dava acesso a um público mais amplo e menos sofisticado

.Os irmãos Grimm, criadores da Bela e a Fera, João e Maria, buscavam caracterizar o que havia de mais típico no povo alemão, no início do séc XIX. Mas o grande nome da literatura infantil foi Hans Christian Andersen,que embalado pelo espírito do Romantismo, criou a Pequena Sereia, Patinho Feio e quase 200 outros contos. Na segunda metade do sec XIX, houve uma substituição do sobrenatural pelo nonsese, que pode ser observado na obra de Lewis Carrol, “Alice no país das maravilhas”, em 1865.

Feito para adultos ou para crianças, esses contos que etmologicamente querem dizer contos do destino, marcaram a vida de milhares de pessoas, e continuam emocionando.
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A arte de escrever boas histórias

Posted on junho 3, 2007. Filed under: Ingrid Baquit, Literatura |

Muitas vezes confundido com jornalismo sobre literatura, o JORNALISMO LITERÁRIO é um estilo jornalístico, em que são contados os fatos com elementos e técnicas da literatura: a observação, a descrição e a narração. Histórias romanceadas, que prendem a atenção do leitor e se distanciam dos padrões jornalísticos.
Iniciado com a obra ” A sangue frio” de Truman Capote, esse estilo de contar fatos e notícias de uma maneira subjetiva e envolvente caiu no gosto do leitor. Explorado e ultilizado por grandes nomes, como: Gabriel García Marques, Jose Saramago, Norman Mailer e Fernando Morais, esse estilo tem uma maior humanização dos personagens e uma maior quantidade de informações. Isso desperta um maior interesse no leitor, que gosta de situações bem desenvolvidas e ricas em detalhes.

Mesmo com a falta de tempo dos leitores, que precisam de informações breves e rapidamente; e dos jornais, que procuram ocupar pouco espaço, e são em sua maioria tradicionais, grande parte dos leitores preferem o jornalismo literário. É o que diz a pesquisa da revista Intercom.

A tarefa do jornalista é descrever e contar uma boa história. Ele vai atrás da informação, pesquisa, investiga, não se preocupa com tempo e com o espaço que a matéria ocupará. É paciente, tem talento e tem valores morais e éticos. O leitor exigente e ávido por informações agradece.

Onde encontrar jornalismo literário: nas revistas Piauí, Rolling Stones, The New Yorker; nos livros: Chatô, de Fernando Morais, Hiroshima, de John Hersey em muitos outros.
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