Archive for junho \30\+00:00 2007

"Retrato em branco e preto"

Posted on junho 30, 2007. Filed under: Fotografia, Gisa |

Fotos em preto e branco chamam atenção pela sua beleza e pelos diversos estilos que podem apresentar.

Para denunciar a realidade feia que nos cerca, alguns fotógrafos recorrem às imagens em preto e branco a fim de dar um tom sombrio ao que se quer mostrar.

As fotos feitas nas ruas, mostrando a dura vida de quem sobrevive aos riscos do abandono, freqüentemente aparecem em preto e branco, representando a escuridão das vidas dessas pessoas. Gente que vive entre fogo cruzado não vê mais cor em suas vidas.

Já em fotografias de casamento, por exemplo, quando o recurso é utilizado, a imagem torna-se clássica, elegante. Muitas noivas não dispensam essas fotos tradicionais, que parecem antigas, da época em que ainda nem existia fotografia colorida. Essas fotos posadas buscam alcançar uma certa nobreza, uma beleza que realmente existe em fotos em preto e branco.

As fotos mais antigas, originalmente em cores neutras, são muito belas. As técnicas nem sempre eram conhecidas, portanto, dificilmente usadas. Mas algumas falhas, às vezes, dão um certo charme à imagem. E é exatamente esse charme que é procurado por fotógrafos atualmente. O preto e branco é constante em fotos feitas em estúdios.

As cores são muito importantes na expressão das imagens. A interpretação destas depende daquelas, que sempre querem dizer alguma coisa. É isso, a cor, as sombras, tudo faz parte da constituição de uma bela e expressiva imagem. O preto e branco causa diversos efeitos, dependendo do estilo de foto e do que ela pretende mostrar.

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Especial: Ricardo Gulherme e o Teatro Radical.

Posted on junho 29, 2007. Filed under: Daniel Bandeira, Teatro |

Assim como disse na semana passada, hoje publico a segunda parte de uma entrevista realizada com Ricardo Guilherme: ator, dramaturgo e diretor teatral. Essa segunda parte foca-se no Teatro Radical, realizado e pesquisado desde 88 por esse gênio.

Para maior entendimento dessa matéria é fundamental a leitura da matéria da semana passada: http://blogemformacao.blogspot.com/search/label/Teatro

3. Quais as características do Teatro Radical?

Ao Teatro Radical interessa descobrir o átomo conflitual da cena. Por isso, a espinha dorsal do nosso processo metodológico vem a ser a busca do conflito radical que sintetiza a peça. Toda a nossa atenção se concentra em função da tentativa de evidenciar esse matricial, gerador e nutriente. O que nos interessa objetivamente não é encenar as situações dramáticas através das quais uma peça se desenvolve, mas sim representar o conflito fundamental, propulsor dessas situações. Para nós as situações são apenas efeitos de uma causa primordial que motiva, nutre e fundamenta todo o desenvolvimento dramático. Neste sentido, o nosso teatro é radical porque objetiva expressar as raízes, ou seja, as causas deflagradoras das situações. Fazemos, portanto, uma abordagem causal e não episódica dos fatos que estruturam uma peça. Para o Teatro Radical há uma dialética estruturante a ser descoberta por determinados procedimentos metodológicos e a ser expressada por matrizes imagéticas que vão traduzir no espetáculo a síntese da compreensão que fizermos. É, portanto, essa compreensão sintética que nós encenamos. Compomos matrizes dialéticas, nucleares, imagens que à medida que vão sendo repetidas vão adquirindo nuances, novas significações, derivações, decorrências da imagem primordial. Aplicamos o conceito de repetição criativa: a ação se repete, mas a repetição lhe acrescenta novos significados. O Radical é, por assim dizer, um teatro cosmogônico, pois se propõe a questionar as origens dos universos conflituais, suas matérias-primas, seus átomos, e a detectar as repercussões dessa espécie de conflito mater em todo o desenrolar da peça.


4. Quais as necessidades que o senhor sentia para criar o Teatro Radical?

Desde 1988, não me motivava a pesquisa da radicalidade do teatro no sentido histórico, de reconstituição dos primórdios do fazer teatral. Até porque sabemos que historicamente o teatro no Ocidente não surgiu como uma modalidade excludente de outras manifestações artísticas, mas sim como uma atividade multidisciplinar. Portanto, minha pesquisa não teria por objetivo o resgate de um teatro primordial mas sim a instalação de um teatro primário, fundado nos meios expressivos do ator, na versatilidade de sua fala e de seu corpo. Não me movia o desejo de reinstaurar o teatro no sentido de remontar às suas feições primordiais, históricas. A proposta do Radical não é fazer o ator reaprender o primeiro teatro, mas fazer o ator aprender e constituir o teatro primário. Para conceituar essa radicalidade, um dos pontos que, a princípio, logo se evidenciou foi a ênfase que deveria ser dada ao caráter de efemeridade do teatro, ou seja, ao fato de que uma encenação radical deveria depender exclusivamente das ações físicas e efêmeras do ator. No Teatro Radical é a figura do ator que instaura todos os significados fundamentais da encenação, criando imagens que estimulem a fabulação do espectador, imagens nas quais o espectador possa projetar a sua subjetividade e intervir com a sua imaginação e o seu discernimento. Essa vocação antropocêntrica e sintética que o Teatro Radical abraça remonta a Artaud e ao Grotovski dos anos 1960, com o seu conceito de Teatro Pobre, e se evidencia, por exemplo, em alguns princípios do Teatro Dialético, de Brecht, e do Teatro Antropológico, de Eugênio Barba. O Teatro Radical reprocessa e redimensiona essa tendência, estabelecendo especificidades teóricas e metodológicas. Mas há na nossa, digamos, bibliografia referencial outros autores, como Câmara Cascudo, Ariano Suassuna, Darcy Ribeiro e o livro O Tao da Física, de Kapra, cuja leitura me foi determinante para o estabelecimento da noção de complementaridade dos contrários.

5. Como o senhor avalia as experiências radicais de outros artistas, como Otacílio Alacran (“Quem dará o veredito?”), Joca Andrade (“Solo número 1 – Babel”) e Hertenha Glauce (“Viúva, porém honesta”)?

A experiência e as conceituações do Teatro Radical vêm sendo transmitidas às novas gerações. Há alguns grupos que têm o Teatro Radical como referência de estudo para a criação de seus processos criativos. Avalio essa absorção como extremamente salutar porque, além de repassarmos para outros o nosso pensamento, também aprendemos com essa diversidade de compreensões sobre a radicalidade.

6. Todo texto pode ser montado como Radical?

A aplicabilidade do Radical não exige um tipo específico de dramaturgia ou um pré-determinado contexto cultural. Qualquer peça é passível de admitir uma compreensão radical e de se deixar reger pela idéia de síntese conflitual que nós defendemos. As poéticas independem da dramaturgia. Independentemente das estruturas de uma dramaturgia, as possibilidades de concepções cênicas são múltiplas. As encenações são as repercussões de visões de mundo, são os recortes de um determinado entendimento. O Radical aciona os seus específicos mecanismos de entendimento. Trata-se de uma poética e não de uma estética. A sua sistematização, portando, configura uma metodologia que origina as estéticas de cada um dos diretores radicais. No entanto, as concepções formais provenientes da nossa metodologia de trabalho são resultados de opções deflagradas pela criação artística de quem monta esse ou aquele espetáculo na poética radical. O Teatro Radical não é a instituição de um padrão estético a ser clonado; é a instituição de uma estratégia metodológica, pois se estrutura em fundamentos macros, processuais, e não na uniformização dos espetáculos que venham a ser encenados a partir da observação a esses fundamentos.

7. O Teatro Radical ainda produz? O que podemos esperar de novo para os próximos meses?

O Teatro Radical continua, sim, produzindo. Além de montagens recentes, como a de Babel, houve a encenação, agora em 2007, de Teatra, em Brasília. Atualmente, a pesquisa em busca da Radicalidade aborda algumas novas vertentes: as supra-personas, a dramaturgia onidimensional e a dramaturgia modal.

1. As supra-personas são figuras polifônicas que transcendem suas circunstâncias socioculturais. É uma tentativa de desvincular o Teatro da lógica da verossimilhança que circunscreve geográfica e historicamente o universo vivencial das personas. A pesquisa investiga a possibilidade de dar ao criador dramatúrgico total arbitrariedade poética para inventar uma supra-realidade. Busca-se a libertação total do autor no sentido de não fazer mais mimesis, recriações, mas sim criações de uma, digamos, “realidade supra-real”.

2. A dramaturgia onidimensional é uma literatura dramática que agrega os demais gêneros, como ensaio, poesia, crônica, entrevista, reportagem, artigo, crítica etc. Não se trata de acoplar à peça referenciais não-dramáticos de outros autores, mas sim dar oportunidade a que o autor da peça, além da ficção dramática, possa ficcionar em outras modalidades literárias e incluí-las em seu texto. O autor, assim, dramatiza sua abordagem, tendo por base, não apenas a dramaturgia em si, mas múltiplos gêneros. Propõe-se, portanto, a onidimensionalidade de gêneros sobre um determinado tema.

3. A idéia de uma dramaturgia modal é a de criar não peças sobre algo, mas peças que são algo. Em uma dramaturgia modal, a peça – mais do que aludir a uma determinada temática – se converte estruturalmente na tradução textual da temática abordada. Propõe-se uma dramaturgia em que a forma em si mesma transfigura-se no conteúdo. Resulta desta transfiguração uma dramaturgia cujo tema está expresso no modo em que o texto se estrutura.


Como dica de espetáulo deixo o link de um misterioso amante da arte que vem fazendo um trabalho muito interessante para o meio teatral. O Divulgador de Teatro é um perfil anônimo que divulga espetáculos de teatro e dança na cidade de Fortaleza. Quem quiser e puder, confira as programações divulgadas por ele: http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=13801357696647865123

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Oscar. Como tudo começou…

Posted on junho 29, 2007. Filed under: cinema, Herbenya Alves |

Todos os anos, as emissoras de televisão transmitem a entrega do que é considerado o mais importante prêmio cinematográfico: o Oscar. Mas, você já parou para pensar como surgiu o Oscar?

A idéia surgiu após a criação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas que era formada por pessoas que faziam parte da indústria do cinema. Tais pessoas começaram a especular uma premiação que incentivasse uma melhoria da qualidade das produções. A premiação seria validada com a entrega de uma estatueta de um homem corpulento parado sobre um rolo de filmagem, de braços cruzados e, entre eles, uma espada. Primeiramente, o Oscar era feito de bronze, hoje em dia, no entanto, a estatueta é esculpida em estanho e banhada a ouro e platina.

Oscar é uma espécie de apelido para o Prêmio da Academia ao Mérito. Existem muitas histórias sobre como surgiu o apelido, mas não se sabe ao certo o porquê. Uma das mais difundidas é a de que uma senhora, membro da academia, dizia que a estatueta lembrava seu tio Oscar e, a partir de então, as pessoas passaram a se referir ao prêmio por este nome, usado oficialmente durante a sexta cerimônia de premiação.

A primeira vez que o prêmio foi entregue foi no ano de 1929 no Hotel Rossevelt, em Los Angeles. As primeiras festas para a entrega da estatueta eram bem simples e se passavam durante almoços ou jantares que eram realizados em hotéis luxuosos. Os premiados eram escolhidos por diretores de grandes estúdios e a imprensa recebia a lista dos ganhadores no mesmo dia. Porém, somente no dia seguinte os vencedores eram anunciados. O acordo de divulgação dos artistas que recebiam o Oscar foi quebrado dez anos depois pelo jornal Los Angeles Times e, a partir desse momento, foi decidido que aqueles que receberiam o prêmio teriam seus nomes em sigilo até o momento do anúncio oficial.

Vinte e quatro anos após a primeira festa de entrega do Oscar, é que tal comemoração foi transmitida pela televisão (ainda em preto e branco). Treze anos mais tarde ocorreu a primeira exibição em cores.

Com a modernização dos meios de comunicação e a crescente importância que foi dada ao prêmio, as festas para a divulgação dos “melhores do cinema” foram-se tornando cada vez mais glamourosas. Passaram de simples festas em hotéis para apresentações extremamente requisitadas pela sociedade cinematográfica americana e por todos aqueles que estão envolvidos no mundo cinematográfico. Atualmente, receber um Oscar é sinônimo de prestígio e qualidade(?).

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Audiovisualize

Posted on junho 27, 2007. Filed under: Darwin Marinho, Música |

A imagem é um meio muito poderoso. Política, religião, artes, usam as imagens para passar ideologias, conceitos, sentimentos… Agora junte ao poder dessas imagens a música. Projetar imagens que combinem com sons é uma idéia bem mais antiga do que você pensa. Em 1742 um padre jesuíta, Loius-Bertrand Castel, desenhou um órgão que ascendia luzes diferentes para cada nota musical. Depois vieram os artistas plásticos como Kandinsky, que criou quadros abstratos e expressionistas influenciados pela música, e o cinema experimental de Oskar Fischinger que criou o conceito de música visual, utilizando a música de Bach e Bethoven como elementos essenciais nos seus filmes.Nos anos 60 a banda The Doors inovou ao passar vídeos durante seus shows. Isso foi seguido por várias bandas ao perceberem o efeito que isso tinha sobre o público.

O uso de imagens torna o show mais marcante, tem uma diferença enorme entre ver o T-Rex tocando Children of Revolution sem nenhuma imagem e ver o T-Rex tocando Children of Revolution com imagens de protestos, guerras e destruição da natureza em um telão atrás da banda. Em um dos melhores shows que já fui esse recurso foi explorado de modo genial. Em certo momento uma lua aparecia no fundo do palco e o atravessava durante a canção, em outro momento a imagem de dados presos em uma gaiola representava um canário que não cantava mais, sempre lembro dessas imagens quando ouço essas musicas. Por sinal esse foi o show Universo Particular da Marisa Monte, que passou por aqui no inicio do ano. Outra banda que utilizou as projeções de modo marcante foi o Pink Floyd, não fui a nenhum show, mas já vi o dvd várias vezes e sei do que estou falando, caleidoscópios, lançamentos de naves, explosões, tudo em perfeita sincronia com as músicas.

Na década de 90 com explosão da musica eletrônica isso ficou mais popular, a profissão do VJ ficou mais valorizada e os Artistas Audiovisuais ganharam espaço e respeito. Na musica eletrônica as imagens aparecem como complemento, intensificando o efeito que aquela musica tem sobre a pessoa.

Geralmente as imagens são projetadas depois que as musicas são concebidas, mas dois DJs ingleses, Graham Daniels e Tolly resolveram inovar ao construir músicas a partir de vídeos. O som do filme se tornou a matéria prima da mixagem, um tiro, um estalar de dedos, o ranger de uma porta, um barulho estranho que alguém fez com a boca, tudo vira música. Essa dupla que resolveu tornar tudo áudiovisualizável forma o Addictive TV, eles já fizeram comerciais, trailers, e muitos clips empolgantes. O melhor de tudo é saber que eles fazem isso ao vivo. A dupla fez alguns shows aqui no Brasil a alguns meses, claro que só passaram pelo Sudeste como quase todas as grandes bandas que passam por aqui, infelizmente.

Vídeos do addictive TV:
pra quem tem o Quicktime pode ver no site
pra quem prefere ver no youtube:
remix do Filme Vem dançar:
de Hendrix a Bowie :
esses são os que mais gosto, mas tem outros aqui
Divirta-se!
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SP & RJ x O Resto do Brasil

Posted on junho 26, 2007. Filed under: Publicidade, Saulo Lima |

Há quem diga que os melhores locais para se trabalhar, no ramo de Publicidade e Propaganda, são Rio de Janeiro e São Paulo. Também há quem diga que se você é bom no que faz, mas não se encontra nestes lugares, não passa de mais um talento desperdiçado. Agora, eu me pergunto se isto seria mesmo verdade.
Indústrias e ONGs são exemplos de verdadeiros absorvedores de empregos. Por isso há grandes oportunidades nos grandes centros e em qualquer outro lugar de intensa movimentação econômica. Implicitamente, está escrito São Paulo e Rio de Janeiro (os estados, e não suas capitais) no lugar de “grandes centros”.
Mas você concorda com isso? Acha mesmo que só há bons profissionais nestes lugares? Esta é uma pergunta que, praticamente, não divide muitas opiniões. Muita gente responderia que não depende do lugar, e sim, da pessoa. Não só para os publicitários, mas também para qualquer outra profissão. Sendo feita com paixão e amor, de corpo e alma qualquer trabalho será considerado ótimo. E sendo ele ótimo, isto abrirá muitas portas para as pessoas.
Não existe um estado ou uma universidade que tenha ou forme os melhores profissionais. Resumindo, gente boa há em todo o Brasil. O que acontece é que a maioria migra para o “coração” do país, por estarem lá as maiores empresas. Acrescento algo: Se um dia o eixo comercial e industrial da nação se mudasse para o Acre ou para Roraima, eles se tornariam o alvo de “crítica”, como acontece hoje com SP e RJ. Então, não se preocupe com o lugar onde mora. Sendo competente, você segue em frente.
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Um pouco sobre telejornalismo…

Posted on junho 25, 2007. Filed under: Jornalismo, Marina Rosas |


No dia 19 de setembro de 1950 surgiu o primeiro telejornal, Imagens do Dia, na primeira emissora de televião brasileira, TV Tupi, conseguindo superar o rádio em termos de alcance nacional (ainda não surgiu algo que o supere nesse aspecto). Depois disso vários noticiários tiveram destaque como o Repórter Esso, também na Tupi. Hoje temos várias opções no ar, em diversos horários e emissoras, cada um com um foco diferente.

Mas o que pode parecer simples aos desatentos olhos do telespectador, que chega cansado do trabalho ou assiste na hora do almoço, é bem complexo. No telejornalismo a função essencial do texto é dar apoio à imagem; ele não deve, em momento algum, contrariar o que é mostrado. Outro erro comum é a narração, pois a descrição de algo que está sendo visto torna o noticiário monótono. Em alguns casos, pode acontecer de faltarem imagens para uma determinada notícia, então recorre-se aos recursos gráficos como mapas, fotos, gráficos, cabendo ao editor deixar a matéria dinâmica.

Além de ser um complemento da imagem, o texto deve ter uma linguagem simples e coloquial, atingindo o maior número de pessoas com clareza e objetividade. Tanto o apresentador como o repórter devem evitar: usar gírias, florear o texto, usar palavras muito técnicas, fazer rodeios, usar siglas sem explicar o significado, usar palavras estrangeiras, entre outras coisas. Isso pode gerar dúvidas ou desviar a atenção do telespectador que não pode reler as notícias como no caso do jornal impresso.

Um jornalista que deseja trabalhar na televião deve saber as técnicas de entrevista ao vivo, fazendo perguntas objetivas que não exijam respostas demoradas. O fator tempo é muito importante no veículo televisivo e não pode ser desperdiçado. Por isso, muitas vezes cabe ao repórter tomar decisões importantes, como ir ao local da matéria e editar imagens feitas. A capacidade logística é muito valorizada nesse caso.

O sucesso de um telejornal depende muito desses e de outros tantos “pequenos” detalhes. No entanto, muitas vezes os númeors do ibope falam mais alto que a qualidade. É por isso que bons telejornais saem do ar e outros tantos de qualidade duvidosa continuam.

Para saber mais:
Jornalismo diante das câmeras – Ivor Yorke. Preço:R$ 38,90 (www.saraiva.com.br)
A mídia e seus truques – Nilton Hernades. Preço:R$ 43,00 (www.submarino.com.br)

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Era uma vez…

Posted on junho 24, 2007. Filed under: Ingrid Baquit, Literatura |

Que menina nunca sonhou em ser uma princesa e encontrar seu príncipe encantado? E que menino nunca se imaginou combatendo o mal? Pois é, quem diria que essas histórias que nos emocionaram por tanto tempo, não foram criadas para crianças? Os contos de fadas foram criados para entrerter os adultos. Nos contos originais, Chapeuzinho vermelho fazia striptease para o lobo, e a Bela Adormecida era abandonada pelo príncipe, que a deixava grávida.

De origem celta, essas variação de conto popular ou fábula, apresenta uma narrativa curta, transmitida oralmente na maior parte das vezes, onde o herói (heroína) enfrenta obstáculos para depois triunfar contra o mal. Envolve algum tipo de magia, metamorfose ou encantamento. Apesar do nome, animais falantes são mais comuns que as própria fadas. Estas, são entidades fantásticas no folclore europeu ocidental. Mulheres imortais, dotadas de grande beleza, de poderes sobrenaturais e das capacidade de interferir na vida dos mortais.

As primeiras referências aos contos de fadas estão na Idade Média, nas histórias do “Rei Artur” – Morgana e Viviane. As mulheres possuiam um status social elevado na cultura celta e as fadas eram ligadas ao amor, podendo ser amadas ou mediadoras do amor. Com a cristianização do mundo, as lendas célticas perderam sua dimensão sobrenatural e sua capacidade de serem amadas.

A partir do séc XVI, os contos de fadas começaram a serem reunidos em coletâneas. Nessa época surgiu a famosa obra “sonhos de uma noite de verão”. Nos fins do séc XVII, a decadência do Racionalismo Clássico originou uma literatura “extra-oficial”, que exaltava a fantasia e marcou o fim da produção desses contos para o público adulto. As versões infantis teriam surgido quase que por acaso na França, no séc XVIII, por Charles Perrault, famoso por O gato de botas, O pequeno polegar. Nos países de língua inglesa, só no séc XIX, com os vendedores ambulantes, que vendiam em diversos povoados histórias simplificadas dos contos de fadas e do folclore, que dava acesso a um público mais amplo e menos sofisticado

.Os irmãos Grimm, criadores da Bela e a Fera, João e Maria, buscavam caracterizar o que havia de mais típico no povo alemão, no início do séc XIX. Mas o grande nome da literatura infantil foi Hans Christian Andersen,que embalado pelo espírito do Romantismo, criou a Pequena Sereia, Patinho Feio e quase 200 outros contos. Na segunda metade do sec XIX, houve uma substituição do sobrenatural pelo nonsese, que pode ser observado na obra de Lewis Carrol, “Alice no país das maravilhas”, em 1865.

Feito para adultos ou para crianças, esses contos que etmologicamente querem dizer contos do destino, marcaram a vida de milhares de pessoas, e continuam emocionando.
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A CONSCIÊNCIA DA FOTOGRAFIA, SEM PRECISAR FALAR.

Posted on junho 23, 2007. Filed under: Fotografia, Marcella |



“FOTOGRAFAR É COLOCAR NA MESMA LINHA DE MIRA CABEÇA, OLHO E CORAÇÃO”

Henry Cartier-Bresson. Você já ouviu falar nesse nome? Pois bem, Henry foi o maior fotógrafo do século, estabeleceu as bases do fotojornalismo com a teoria do ‘momento decisivo’. Nasceu em Chanteloup, França em 1908 e faleceu em 3 de agosto de 2004 aos 95 anos. Mas hoje eu não vim falar sobre a biografia de Bresson e sim sobre a sua paixão pela fotografia.
Homem de poucas palavras, gostava de passar desapercebido. Com sua Leica na mão fazia poesia com as fotos. Só tirava fotos em preto e branco. Não gostava de luz ofuscante, evitava a anedota, mas algumas fotos mostram certo humor. Desenhista, literato, prezava a liberdade e acreditava que devíamos questionar tudo, questionar sempre. Dizia que preferia o rádio pois esse veículo de comunicação aguçava a imaginação das pessoas. Amava a vida, a natureza; amava o que fazia.
Sua paixão inicial foi a pintura, achava que todos deveriam desenhar, não importa o resultado. Em 1931, aos 23 anos se apaixonou pela fotografia quando viu um retrato tirado por Martin Munkasci: 3 meninos negros nus no Congo, única foto colocada em sua parede. A partir daí não parou mais de fotografar. Ele apareceu como ninguém, sem ao menos, se exibir.
Sua primeira máquina foi uma Krauss segunda mão adquirida na África, país em que viveu por um ano. Tirou muitas fotos, mas, ao retornar à França revelou os filmes e constatou que a humidade destruíra seu trabalho, mas isso não o esmoreceu, outra bela qualidade deste gênio: audacioso, aberto às mudanças, nunca desistiu de nada. Vestiu a camisa da fotografia como ninguém, pois dizia que “se fosse uma pessoa que não se incomodasse, não seria fotógrafo”.
Retratou a Segunda Guerra, tendo sido prisioneiro de guerra dos alemães por 3 anos e retornando a França sendo o principal documentarista da Resistência Francesa. Fundou uma empresa jornalística “Magnum Photos” que distribuía suas fotos para jornais de todo o mundo. Suas fotos são realmente mágicas, não precisam de palavras para explicar o que se retrata em suas imagens. Sempre falava também que a fotografia em si não o interessava e sim a notícia fotografada, a comunicação entre o homem e o mundo.

Parou de fotografar profissionalmente em 1973, voltando à sua paixão inicial, a pintura, e fotografando somente por prazer.

Mas ainda hoje é lembrado e ovacionado. Henry Cartier-Bresson mudou o conceito da fotografia, imprimiu o modo Bresson de fotografar, a medida certa de luz e sombra, o clicar no momento certo emoções que jamais se repetirão. Sem usar tripé, apenas com sua Leica na mão, que já não era franca, era encantada, admirável. Decidia com paixão…é só olhar sua trajetória de vida como homem e como profissional. Essa é a minha humilde homenagem a quem mostrou ao mundo que fotojornalismo também é uma arte tão linda e apaixonante, sua diferença consiste apenas na objetividade. Enquanto outras artes são uma meditação, a fotografia é um tiro, como definiu bem Henry.

” A fotografia por si só não me interessa, a reportagem em si, a comunicação entre o mundo e o homem com este instrumento maravilhoso que cabe na palma da mão que nos faz passar desapercebidos. É uma dança, entende? É uma grande alegria fotografar assim”
Henry Cartier-Bersson
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Puttin’ on the Ritz – um pouco de cinema, moda e Hollywood!

Posted on junho 22, 2007. Filed under: cinema, Darwin Marinho |

Cinema e moda estão intimamente ligados. Até o século XV as roupas não se diferenciavam muito nas cores e estilo, a moda como conhecemos surgiu em meio ao renascimento cultural, os plebeus queriam se aproximar da nobreza e imitavam as suas roupas, os nobres mudavam o estilo das roupas constantemente para ficarem diferentes dos plebeus. O cinema surgiu no final do século XIX e com a sua evolução houve uma preocupação maior com o figurino, a partir desse momento cinema e moda passam a andar lado a lado.

As grifes viram a oportunidade de lucrar muito com a indústria cinematográfica. As pessoas assistem aos filmes e querem ser como seus heróis. Por exemplo, ao compra um terno Armani e dar um passeio pela cidade você não é apenas mais um vestido em um terno do rei de Milão, é o próprio Richard Gere em Bervely Hills no filme Gigolô Americano. Uma garota usando botas chanel pretas de cano alto e saias Kavin Klein se sente a Anne Hathaway em “O Diabo Veste Prada”. Esse é o objetivo do cinema e da moda, vender sonhos.

Até a década de 40 as produções eram muito exageradas, tudo era maior e mais caro que o normal, as pessoas iam ao cinema e se sentiam partes daquela realidade alternativa que se opunha ao que viviam. Nessa época o mundo todo estava em crise (grande depressão, 2 guerra…) . Na década de 50 usar jeans e camiseta virou sinônimo de rebeldia depois das aparições de James Dean em juventude transviada e Marlon Brandon em “Um bonde chamado desejo”. Em 1956 Brigitte Bardot apareceu usando um biquíni no filme “E Deus criou a mulher” , isso revolucionou a moda praia. E não podemos esquecer Marilin Monroe que foi a única atriz a se sustentar inteiramente na sensualidade, Grace Kelly que virou a personificação da elegância, claro que as roupas claras e a luz direta ajudaram a dar um ar mítico a suas personagens.

Na década de 60 Audrey Hepburn virou o ícone máximo que liga cinema e moda ao interpretar uma garota de programa em “Bonequinha de Luxo”, até hoje existem coleções inspiradas em seu personagem nesse filme. Com a corrida espacial, e a possibilidade de um futuro no espaço a moda refletiu a necessidade de estar preparado para esse futuro, no cinema isso pode ser visto em “Laranja Mecânica (mais uma vez citando esse filme)”.

Na década de 70 o filme estrelado por John Travolta, “Os Embalos de Sábado à noite” inaugurou a era disco, calcas bocas de sino, cintura alta, saltos plataforma (para homens e mulheres) se tornou peças obrigatórias para os que queriam estar na moda. Dois filmes nos anos 80 fizeram o mundo se render aos talentos de Girogio Armani, “Gigolô Americano” e “Os Intocáveis”, uma propaganda baseada nesse segundo filme foi premiada no festival de Cannes em 1992. Veja no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=jiG5CxoM180&eurl=http%3A%2F%2Foglobo%2Eglobo%2Ecom%2Fblogs%2Flula%2Fpost%2Easp%3Fcod%5FPost%3D13690

Ainda nessa década no filme Annie Hall de Woody Allen, a personagem de Diane Keaton usava roupas largas e masculinas, esse estilo ficou namoda até meados dos anos 90, esse estilo de roupa se popularizou em uma época em que as mulheres começavam a ocupar cargos mais altos no mercado de trabalho.

Nos anos 90 dois filmes merecem destaque. Pulp Ficition de Quentin Tatantino e Prêt-à-Porter de Robert Altman. O primeiro por falar de cultura pop, e por ter lançado moda. O cabelo e as roupas de Mia Wallace viraram moda na época, basta dar uma olhada naquele álbum de família, ou nos vídeos de casamento… O segundo filme é um dos melhores relatos sobre os bastidores do mundo da moda, o filme mostra o lado negro dessa indústria, o filme se passa durante a Semana de moda de Paris e tem no elenco Marcello Mastroianni , Sophia Loren, Julia Roberts, Kim Bassinger e Tim Robbins.

Dois filmes recentes tratam desse assunto: O Diabo Veste Prada e Maria Antonieta. O primeiro mostra as sutilezas da indústria da moda, focando na paranóia das pessoas que trabalham com isso, mas a história interessante, a excelente atuação da Meryl Streep e ser baseado em fatos reais não correspondem a 30% das razoes do sucesso do filme, o principal motivo que levou milhões de pessoas ao cinema para verem esse filme foi o figurino escolhido por Patrícia Field!Dolce & Gabanna, Valentino, Kalvin Klein, Donna Karan e Chanel são os protagonistas do filme. O filme faz uma crítica ao mundo da moda, mas é ofuscada pela sensação de consumismo que as pessoas sentem ao sair da sala (o que é perfeitamente compreensível). Maria Antonieta mostra a história de uma das figuras mais fúteis da história, ela gastava fortunas em roupas,sapatos, festas, doces… Acredito que tenha sido a primeira vítima fatal da moda. Esse filme mostra a bem a questão do consumismo, em uma cena a diretora e ex-estilista Sofia Copolla mostra o momento das compras da rainha, alternando imagens de doces e roupas ao som de “I want Candy” do Bow wow wow., essa cena ilustra o prazer diante da compra, tudo nela parece comestível. Sofia Copolla disse que queria deixar tudo “doce para os olhos”. Estilistas de peso assinaram o figurino do filme, Karl Lagerfield, Christian Dior e John Galiano dirigidos por Milena Canonero, o filme ganhou o Oscar de melhor figurino.

Para terminar, na última edição de inverno do SP Fashion Week 16 desfiles tiveram suas temática inspiradas no cinema, filmes como Mad Max, Laranja Mecânica e Maria Antonieta inspiraram as coleções de inverno em 2007. E depois de ler tudo isso vem àquela dúvida, a arte imita mesmo a vida? Acho que quando as coisas envolvem moda e cinema a vida pode muito bem imitar a arte.

Curiosidades:
– Puttin’ on the ritz é uma música de Fred Astaire que fala sobre cultura pop, e a expressão tem o mesmo sentido de ” ponha isto na moda”.
– O figurino usado por Meryl Streep em “O diabo veste prada” foi baseado na usado por Audery Hepburn em “Bonequinha de Luxo”

Dicas:
– O cineclube da casa amarela está com a mostra Vilãs Memoráveis em cartaz, toda segunda 19h
– dia 01/07 o documentário Sábado a noite de Ivo Lopes de Araújo vai passar na Tv Cultura, fique atento a programção… depois informo melhor o horário….
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Especial: Ricardo Guilherme e o Teatro Radical.

Posted on junho 21, 2007. Filed under: Daniel Bandeira, Teatro |

Muito tenho dito do teatro como arte e de forma universal. Hoje, porém, publicarei a primeira parte de uma entrevista com uma grande personalidade do teatro: Ricardo Guilherme! Ator, dramaturgo e diretor teatral, Ricardo, é um dos maiores nomes do teatro cearense, brasileiro e até mesmo mundial. Foi criador do Teatro Radical, que será tema da próxima semana.

A entrevista que segue a baixo é a primeira parte da riquíssima e maravilhosa entrevista realizada semana passada com o próprio Ricardo Guilherme. Devo creditar, antes de tudo, essa matéria ao meu grande amigo que desenvolveu as perguntas para a entrevista: Pedro Guimarães. Sendo assim, coube a mim apenas os meios de idealização, produção e realização da matéria.

ENTREVISTA DE DANIEL BANDEIRA COM RICARDO GUILHERME

1. Desde quando o senhor sentiu interesse por Teatro? Onde buscou aprendizado? Quais as suas maiores influências?

Meu aprendizado inicial nasce da dramatização da Palavra. Em 1969, aos 14 anos, eu já atuava em radionovelas nos estúdios da velha Ceará Rádio Clube. No ano seguinte, estreei no Teatro. Minha formação cênica é de autodidata. Ainda na adolescência descobri autores fundamentais como Stanislavski, Brecth, Artaud e Grotovski, dentre outros. Mas fiz também estudos de temas diversos: artes em geral, literatura, educação, comunicação social, psicologia, história, antropologia, filosofia, sociologia etc. Intuía que um ator deveria ser um humanista e que, portanto, não poderia se limitar apenas a fazer leituras sobre Teatro. Tive também o privilégio de ter como mestres Waldemar Garcia – que me despertou para a cultura teatral dos clássicos – e Clóvis Matias – que me motivou a pesquisar os folguedos, os melodramas de circo, os palhaços. Minha estréia teatral se deu na tradicional peça O Mártir do Gólgota. Este espetáculo era uma espécie de encontro de gerações. Nele atores veteranos e emergentes partilhavam experiências. Desde então, aprendi a reconhecer nos atores do passado um patrimônio de conhecimento que tem de ser reprocessado, redimensionado por novos modos do fazer teatral. Além de ter no Ceará a oportunidade de trabalhar com atores veteranos, pude ver em cena figuras oriundas da primeira metade do século XX, como, por exemplo, Dulcina de Moraes, Procópio Ferreira, Iracema de Alencar, André Villon, Henriette Morineau, Eva Todor e principalmente Dercy Gonçalves, que julgo ser a atriz mais radicalmente emblemática do século. Mais do que uma atriz, a Dercy é uma matriz. No Brasil, é ela que traz a marca do ator-cidadão, cuja representação filtra a personagem e a concebe perpassada pela personalidade do intérprete. A Dercy foi pós-moderna antes do modernismo, já era em pleno século XX uma típica atriz do século XXI ao se apoderar, ao se apropriar de tudo que fez e por ser, assim, autoral. E das matrizes de atuação dessa atriz de cem anos deriva o ator contemporâneo. Por exemplo, a Denise Stoklos. Na postura diante da vida e do teatro, ela é uma Dercy do Terceiro Milênio. Quanto a mim, acho que o meu viés de representação tem também sintonias dercyanas. As viagens que fiz (Espanha, Portugal, França, Alemanha, Angola, Argentina, Tunísia, México, Nicarágua, Cuba, etc.) me possibilitaram criar analogias, análises e subsidiar uma compreensão sobre o teatro, para ser um ator que, sim, estuda cientificamente o teatro, com todos os aportes que a contemporaneidade propicia, mas que não deixa de levar em conta o cabedal da tradição. Considero que, hoje, sou resultante dos desdobramentos de todos esses processos.

2. De todos os trabalhos realizados, quais se tornaram mais marcantes?

São quase 40 anos de carreira, mais de cem trabalhos realizados. Estive em diversos grupos e em todos eles realizei trabalhos que ampliaram o espectro do meu aprendizado até que em 1978 fundei o Grupo Pesquisa que produziu, em 1981, o solo Apareceu a Margarida, de Roberto Athayde, peça com a qual excursionei por inúmeros países. Esta montagem seria o marco de uma nova fase. Constituem outros destaques as montagens que foram marcos históricos na minha trajetória para o desenvolvimento da pesquisa sobre a Radicalidade:

1. Valsa Número Seis, primeira direção radical (1990);

2. Sargento Getúlio (1991), minha experiência inicial como ator na poética do Teatro Radical;

3. Flor de Obsessão (1993), por sua polifonia, seu caráter épico e despojado;

4. A Cantora Careca (1994), primeiro espetáculo não-solo do Radical

5. 68.com.br, por ter sido a primeira peça a reunir em cena todos os atores da Associação de Teatro Radicais Livres, consolidando o Radical como a poética de um grupo coeso (1998);

6. A Divina Comédia de Dante e Moacir (2000), por reafirmar o compromisso da minha dramaturgia com os arquétipos da cearensidade.

Segue abaixo uma breve cronologia do trabalho de Ricardo Guilherme no teatro:

Ator, dramaturgo e diretor teatral, com uma teatrografia de mais de cem espetáculos realizados, em quase quarenta anos de atividade, numa trajetória nacional e internacional, em que figuram temporadas em países da Europa, África e das Américas, além de prêmios como o concedido em 1987 pela UNESCO.
Historiador, com livros sobre a história do teatro cearense, premiado pelo Ministério da Cultura, nos anos 1970, por seu trabalho de pesquisador.
Contista, cronista, poeta, com obra publicada pela Secretaria de Cultura do Estado do Ceará, Fundação Cultural de Fortaleza e Fundação Demócrito Rocha.
Jornalista desde 1978, com trabalhos de reportagem premiados pela Fundação Nacional de Artes Cênicas.
Professor da disciplina História do Teatro Brasileiro, desde 1979, no Curso de Arte Dramática da Universidade Federal do Ceará, com experiência de ensino em diversas universidades da Europa, da África, da América Central e da América do Norte.
Representante do Brasil em inúmeros festivais mundiais de teatro e congressos internacionais de encenação e dramaturgia.
Especialista em Comunicação Social e em Arte-Educação, reconhecido como Notório Saber em cursos de pós-graduação da Universidade Federal da Paraíba e Universidade Nacional de Brasília.
Fundador do Grupo Pesquisa (1978) e um dos integrantes da equipe fundadora da Televisão Educativa do Ceará (hoje TVC) e da Rádio Universitária.
Criador do Museu Cearense de Teatro (atual Centro de Pesquisa em Teatro)
Formulador da poética do Teatro Radical (1988).

Criador do Teatro Radical, Ricardo também fala da criação e realização do Teatro Radical, que serão publicados na segunda parte da entrevista, para o dia 28 de junho. Quero agradecer imensamente a enorme colaboração e disposição de Ricardo Guilherme, que se mostrou, desde o início, muito acessível para a realização dessa matéria. Ficam aqui registrados meus agradecimentos.

Como de habitual, divulgo aqui as Aulas Shows realizadas semanalmente por Ricardo:

  • Segundas-feiras no Teatro Universitário Carlos Magno, às 19:00. Entrada Gratuita.
  • Terças-feiras no Teatro SESC Emiliano Queiroz, às 19h. Entrada Gratuita.

Gostaria, também, de lembrar a peça:

TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA

Dias 21, 22 e 23 de junho às 21h no Teatro José de Alencar. Entrada: R$20,00/ 10,00 (torrinha); R$30,00/ 15,00 demais lugares. Montagem da Cia. Armazém de Teatro (RJ). Um grande sucesso de Nelson com um dos melhores grupos do país. Prêmio Eletrobras de Teatro 2006 (melhor iluminação, melhor cenografia e melhor figurino) e indicada a Melhor espetáculo e Melhor Direção.

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