Herbenya

Chanchadas

Posted on junho 15, 2007. Filed under: cinema, Herbenya |

Texto de Herbenya Alves

De todos os gêneros cinematográficos brasileiros, o que mais se destacou foi a Chanchada. Na época, as chanchadas foram bastante criticadas pela mídia e por intelectuais, pois eram tidas como superficiais e alienadas. Realmente, muitas vezes, o roteiro era um tanto pobre e ingênuo, mas suas tramas eram bem divertidas. O cinema americano era constantemente parodiado e tais paródias lançaram artistas inesquecíveis como: Oscarito, Grande Otelo, Eliana. Ankito. Dercy Gonçalves. Zé Trindade. Zeze Macedo, José Lewgoy, Violeta Ferraz, Cyl Farney, Fada Santoro, e o inesgotável Wilson Grey. entre tantos outros.
As chanchadas possuíam um apelo popular bem característico e o que, inicialmente, centrava-se no Rio de Janeiro, logo fez surgir um novo pólo em São Paulo. É importante lembrar que o sucesso desse gênero deveu-se também graças ao rádio que, nesse momento, substituía a televisão. Ele acabava sendo um dos únicos meios de comunicação capazes de trazer entretenimento ao público que não tinha acesso aos cassinos. Assim, filmes quem apresentassem os cantores iriam atrair todas as atenções em todo o país, já que finalmente o público poderia conhecer a fisionomia de seus ídolos.
Apesar das produções serem feitas a partir da caricatura e trejeitos norte-americanos, eram adicionados temas do cotidiano nacional, como as anedotas tipicamente cariocas e o jeito malandro de falar e se comportar do brasileiro. O resultado obtido eram produções genuinamente brasileiras, que foram capazes de lotar as salas de cinema por um longo período.
Inúmeros fatores, entre eles: o Cinema Novo, acabaram levando ao esgotamento das chanchadas. Estas, apesar de todas as críticas, levou à auto sustentação cinematográfica brasileira por quase dez anos.

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Cinema:a sétima Arte

Posted on junho 1, 2007. Filed under: cinema, Herbenya |

*Texto de Herbenya Alves

Você se lembra da primeira vez que foi ao cinema? Pois é…entrar numa sala de cinema é como ultrapassar um portal que nos leva a um outro mundo. Através dos filmes, temos a oportunidade de conhecer um pouco sobre costumes e muitas curiosidades de outros lugares. Hoje, já não é tão espantosa essa tecnologia; mas, nas primeiras exibições cinematográficas, as apresentações cinematográficas eram consideradas um espetáculo imperdível! Jornais registravam o assombro das pessoas provocado pelas imagens em movimento.
Aqui, no Brasil, a primeira sessão cinematográfica foi realizada em 1896, na Rua do Ouvidor, Rio de Janeiro. Devido à escassez de energia elétrica, as exibições eram bem limitadas. A partir da década de 50, uma nova estética nacional começou a surgir. Nesse mesmo momento, a televisão passou a fazer parte da vida de muitas pessoas e, por algum tempo, acreditou-se que isso seria causa da decadência desse espetáculo, pois ela transmitia uma visão mais voltada para a realidade. Grande engano! O cinema sobreviveu à televisão, assim como a fotografia sobreviveu a ele.
O cinema brasileiro passou por três fases que foram sofrendo mudanças de acordo com o cenário sócio, político e econômico do País. Na primeira fase, os filmes tinham suas temáticas voltadas ao cotidiano e à mitologia do nordeste brasileiro, com os trabalhadores rurais e as misérias da região. A marginalização econômica, a fome, a violência, a opressão e a alienação religiosa também foram temas abordados. A segunda fase tinha um novo propósito. Dessa vez, os cientistas analisavam os equívocos da política desenvolvimentista e principalmente da ditadura militar. O Cinema Novo evoluiu para formas alegóricas como uma saída para contornar a censura do Regime Militar. Os filmes também faziam uma reflexão sobre os novos rumos da história nacional. A terceira e última fase foi influenciada pelo Tropicalismo que levava suas atitudes às últimas conseqüências e extravasou por meio do cenário exótico brasileiro. A repressão política foi responsável pelo fim do movimento. Alguns de seus cineastas tiveram de se exilar e grande parte das produções foram fracassos comerciais. Com início de uma abertura política, anos 80, percebe-se um favorecimento para a discussão de temas proibidos anteriormente. A retração do público interno e a atribuição de prêmios estrangeiros fizeram surgir uma produção através de um programa de incentivo à indústria Cinematográfica instituído pelo Ministério da Cultura. Aos poucos, reapareceram novas produções.
Muito de nossa história cinematográfica se perdeu, pois alguns filmes não existem mais. Estes podem apenas serem comentados. Durante o evoluir, nossos filmes foram fundindo estilos bem diversificados e nossos produtores foram bastante influenciados por seus mestres. Atualmente, possuímos grandes produções. Entre polêmicas e temas ousados, o cinema brasileiro apresenta boas produções contemporâneas. Isso mostra que a classe cinematográfica abriu espaço para que as pessoas possam refletir um pouco sobre a realidade.
Em relação à nossa produção local, há poucos registros sobre quem ousou realizar os primeiros filmes, já que muitas das fontes primárias se perderam no incêndio da Biblioteca Pública do Estado do Ceará. Sabe-se, no entanto, que o pioneiro no ramo da produção documental foi Adhemar Bezerra de Albuquerque, futuro criador da Aba Film. Ele cobriu documentários sobre Fortaleza e também levantou temas sobre o interior do Estado, filmando eventos no campo político, econômico, social e até religioso. Hoje, percebemos o crescimento do cinema cearense que vem ganhando espaço no Brasil e é reconhecido também no exterior.
Para quem gosta de cinema, começa hoje o 17ºCine Ceará. Este é considerado o terceiro maior festival de cinema do Brasil. O festival apresenta documentários e curtas-metragens nacionais e internacionais. Maiores informações no site: http://www.cineceara.com.br/home.html
Nota super especial: Há exatamente 40 anos o álbum que revolucionaria a música pop foi lançado. Sgt Peper’s Lonely Hearts Club Band mudou a história dos Beatles e influenciou a vida de muita gente que não era nem nascida em 1967(a minha, a sua…). Vale a pena pesquisar um pouco sobre esse álbum, ouvir as músicas e provar de expeciências extra-sensoriais. afinal não só a música mas esse álbum influenciou obras literárias, filmes, peças… da capa a última música é tudo perfeito, ouça e saiba por que.
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